sexta-feira, 20 de abril de 2012

De San Francisco (Córdova) a Santana do Livramento (RS) - 810 km


20/04/2012

Acordamos cedo, ainda na província de Córdova. Teríamos dois estados argentinos e uma parte do Uruguai para atravessar. Logo cedo, percebemos algo terrível: A máquina fotográfica do Tiago (meu sobrinho), uma Nikon P100 não estava no quarto... Provavelmente havíamos esquecido no restaurante do hotel na noite anterior. Logo desci, perguntei pela máquina pra todos no hotel, no restaurante... nada! Agora mesmo teríamos que chegar em Rivera pra comprar outra câmera.
Saímos de San Francisco em torno de 8h30min. Até Santa Fé, a rota 19 é Show de bola. Entre Santa Fé e Paraná, há um túnel famoso que atravessa o Rio Paraná. Eu realmente queria ter a máquina pra tirar umas fotos no túnel, mas, ele não tem nada de especial... A gente nem vê nada, é só mais um túnel comprido como tantos outros que passamos. Se eu não soubesse, nem perceberia que estava sob o rio.
Seguimos em direção à Concórdia pela rota 18. Não tem acostamento, está em obra de duplicação, mas não há do que reclamar. Almoçamos um sanduíche num posto de gasolina em Concórdia, antes de atravessar a represa da usina binacional de Salto Grande. Os trâmites aduaneiros, ainda do lado argentino, são rápidos. Do outro lado da barragem é Salto, cidade Uruguaiana. Trocamos uns trocados de pesos argentinos por pesos uruguaios e partimos pra Tacuarembó, pela rota 31. O frentista de um posto de combustível reforçou o alerta do Carlão, dizendo pra evitar a Rota 33.
A 31 não é ruim, mas é estranha. Não há buracos grandes (famosas panelas), mas há vários pequenos remendos num asfalto rugoso e sem acostamento. A moto vibra bastante e, numa custom, a gente é castigado. As pontes são para apenas um carro. Ainda assim conseguimos rodar na casa dos 120 km/h. Os últimos 100 km são de muita curva... Numa delas, o nelo sumiu do meu retrovisor... Diminui a velocidade... Então vi pelo retrovisor ele saindo do meio do mato... Dei uma boa risada. O cara saiu na curva, entrou no mato e voltou pra pista sem descer da moto...
Rodamos 260 km de Concórdia (AR) até Tacuarembó... Minha moto chegou no posto só com o cheiro da gasolina (uffa). Depois, até Santana do Livramento, pela rota 5 (perfeita), algumas vezes rodamos a 140 km/h enquanto o sol sumia no nosso lado esquerdo. Por fim, chegamos ao Brasil.
Encontrei um hotel bacaninha, com garagem e internet e, enquanto subíamos com as coisas sugeri ao Nelo ligar para o filho pra perguntar qual câmera ele gostaria que comprássemos, se o mesmo modelo ou outro... Chegando no quarto, pedi pra ele tirar tudo dos alforjes pra conferir tudo. Mesmo tendo certeza que a máquina não estava ali ele foi tirando as coisas, tirando e... A máquina apareceu! Que viadinho...
Beleza! Churrasco por conta do velhinho esquecido! E não é que pagou!?
Hoje não tem foto... Nem precisa dizer por que!

Um comentário: