De Salta a Tilcara - 200 km

09/04/2012

O dia começou bem. Tomamos um café bem completo às 8h30min (não sei por que o café da páscoa foi tão simples) e saímos à procura de uma oficina para trocar o óleo da Pretinha. A primeira oficina de moto que encontramos foi a Moto Activa, na calle Juan B. Alberdi, 1025. Os caras foram bem gentis conosco, trocaram o óleo e nem cobraram nada. Do lado da oficina tinha uma lavação, então aproveitei pra tirar a lama da moto.

Antes de voltarmos ao hotel fomos à Plaza 9 de julho para tentar comprar uns pesos chilenos... Nada feito, só negociam pesos argentinos e na rua, o câmbio estava bem desfavorável. Encontrei um dos mineiros que conhecemos em Monte Quemado. A VStrom de um deles tinha quebrado (problema de velas e de bomba de gasolina), o que fez com que eles atrasassem dois dias.

Conhecemos também um gaúcho muito doido que comprou uma Ténéré 250 e resolveu viajar pro 3 anos pela América do Sul (http://byvande.blogspot.com). O cara estava há 23 dias em Salta e encontrou o Nelo na praça junto com as motos...

Na saída de Salta encontramos os quatro caras de Minas Gerais. Estavam indo em direção a Susques.

O percurso entre Salta e Tilcara é maravilhoso. Primeiro viajamos por La Carniza, uma estrada que lembra a Serra do Rio do Rastro. As pistas são bastante estreitas e, em algumas curvas, há somente uma pista. A densa floresta cobre grande parte da estrada. O dia estava ensolarado, com uma temperatura ideal para andar de moto. Optamos por viajar sem luvas e com o capacete aberto, já que a velocidade não passava de 60 km/h por conta da quantidade de curvas. Algumas vezes raspei a pedaleira da moto no asfalto.

Em Jujuy paramos para fazer um lanche numa lanchonete de um posto de gasolina. Depois da parada, começamos a subir pra valer. A paisagem muda completamente. De montanhas com floresta verde para montanhas com vegetação rasteira e, pouco a pouco, começam a aparecer cactos. Chegando nos 2000 metros de altura a gente parou pra por as luvas!

Chegamos em Purmamarca no meio da tarde. Já na chegada encontramos Maurício, um argentino de Salta que estava voltando de uma viagem de 15 dias com sua Honda Transalp. Purmamarca é um vilarejo pitoresco, com uma feirinha de artesanato na praça, alguns hostels e uma maravilhosa vista das montanhas em todos os lados. Passeamos pela cidade e partimos para Tilcara.

Chegamos em Tilcara perto das 17h. O caminho até a cidade é lindo de mais. A gente passa por entre grandes montanhas de diversas cores. A estrada, com asfalto de ótima qualidade, segue um largo rio, que nesta época do ano tem apenas um filete de água... O resto é pedra.

Escolhemos um hostel com garagem para as motos, chamado Club Hostel Tilcara (WWW.clubhosteljujuy.com.ar). Estamos num quarto com três beliches. Por sorte, só estamos eu e o Nelo no quarto.

Hoje ainda deu tempo de visitarmos um sitio arqueológico, há 1 km de Tilcara, chamado Pucara de Tilcara. Neste lugar, que parece uma plantação de cactos, há várias pequenas casas de montanha de povos andinos pré hispânicos. Vale muito a pena visitar, principalmente nas segundas-feiras, quando entrada é gratuita.

Passamos no centrinho do povoado, compramos um vinho e um pão (lembrei-me de uma música) e voltamos para o hostel. Depois do banho preparamos as sopas que a Jucélia enviou e compartilhamos bons momentos com Dimitre (francês) e Ruth (Sul Coreana que vive em Paris), conversando em Purtanhol, Inglês e Francês. Os dois estão passando 60 dias de férias na Argentina, conhecendo desde o sul (Ushuaia) até o norte (Tilcara).

Fotos de la Carniza

Caminho entre Jujuy e Purmamarca (início do deserto)

Purmamarca

 Tilcara