terça-feira, 24 de abril de 2012

Dados da viagem

Tempo: 17 dias
Distância: 7.308,4 km
Média (Suzuki Boulevard M 800): 18,9 km/l
Velocidade de cruzeiro: 120 km/h
Despesas com combustível: R$ 1215,00
Troca de óleo (7 litros para duas trocas em Salta e Men): R$ 130,00
Despesas com hospedagem (em quarto duplo): R$ 936,00
Despesas de alimentação (uma refeição descente e um lanche): R$ 680,00
Pedágios: R$ 30,00 (Chile) + R$ 5,00 (Argentina) + R$ 8,00 (Brasil)
Custo da viagem (R$ 3.000,00)
Piores rodovias: Rota 16 na Argentina (no final dela) e Rota 31 no Uruguai (no final dela)
Melhor rodovia: FreeWay, depois de Porto Alegre
Pior dia: Primeiro (tempestade e cansaço)
Melhor paisagem: Paso de Jama
Países: Brasil, Argentina, Chile e Uruguai

Mapa do percurso rodado:




domingo, 22 de abril de 2012

De Santana do Livramento a... Criciúma (casa da mãe) - 766 km-


21/04/2012

Feriado no Brasil. Mas em Rivera os FreeShoppings abrem as 9h. Tiramos a manhã pra fazer compras... Na verdade não fizemos nada. Primeiro por problema de espaço. Mesmo descartando os dois galões de 5 litros que o Marcelo Faccio me deu (e não precisei utilizar), não caberia muita coisa na bagagem. Segundo, por conta dos preços. Acho que sou eu que estou desatualizado, porque havia excursões de gaúchos comprando pra todo lado, mas eu não consegui ver nada barato que realmente valesse a pena.
Saímos de Santana do Livramento às 13h, depois de uma chuva que assustou todo mundo, com destino a capital da gaucholândia. A BR 290 é bem boa, apesar de não ser duplicada, dando para andar na casa dos 130 km/h.
Anoiteceu quando atravessamos a ponte do Guaíba. Logo na entrada de Porto Alegre o Nelo me ultrapassou e fez sinal pra pararmos. Veio com história que estávamos somente a 3h de estradas duplicadas de casa, e que poderíamos dormir em Criciúma, junto das nossas mulheres.
Meio a contragosto segui o Pereira. Depois de um lanchinho em Gravataí entramos na Freeway. Foi a melhor rodovia que a gente andou. Mesmo de noite, enrolei um pouco mais o cabo da Pretinha neste trecho.
Um pouco antes de Torres o tempo fechou. Pegamos uma chuva danada. Como já estávamos pra chegar em casa, nem paramos pra por as capas de chuva. Mas foi muita água. Até Arraranguá (o pior trecho da BR 101) foi debaixo d’água. Mas passou rápido...
Nos últimos 10 km, saindo da BR 101 para Criciúma, abri o capacete e deixei o vento secar meu rosto. Uma das maiores (e melhores) aventuras da minha vida estava prestes a acabar, sem problemas ou complicações, acidentes ou incidentes. Agradeci ao meu Deus durante todo este trajeto. Sem dúvida Ele foi o principal garupa nessa aventura!
Uma das melhores partes de uma MotoAventura como estas é achegada. Abraçar a minha esposa, segurar a minha filha nos braços e sentir sua mãozinha acariciar a minha barba foi demais.
Gostaria de registras meus sinceros agradecimentos:
- A Jesus, mestre que me deu condições de realizar este sonho e foi conosco na viagem;
- Minha família, pelo apoio e incentivo... Amo vcs!
- Aos amigos que estiveram junto conosco através do Blog, dando dicas e nos incentivando. Meu, vocês foram muito importantes pra gente!
- Aos motociclistas que encontramos na estrada, com quem compartilhamos histórias e as emoções que essas máquinas de duas rodas podem proporcionar;
- Às crianças que nos rodeavam nas paradas nos postos de combustível ou que abriam um sorriso quando acenávamos enquanto a gente passava (isso é de mais);
- À tribo dos viajantes de moto... Meu, não dá de explicar... É muito legal... Pode ser ultrapassando, viajando no sentido contrário ou parado no acostamento: Sempre tem um aceno como que dizendo “Vai nessa brother! Manda vê!”
- Á gentileza das pessoas que levantavam a mão quando nos viam. Estando em cima de cavalo, correndo, andando de bike ou simplesmente paradas na estrada... Esta é uma magia proporcionada pela Motocicleta!
- Aos frentistas da Argentina e do Chile que me fizeram aprender que, nestes países, é preciso pedir para colocarem gasolina apenas no lado de dentro do tanque da moto.
- À polícia caminera argentina, que não parou a gente pra pedir grana... Ao invés disso, nos informaram corretamente quando pedimos informação num posto policial em Entre Rios.
- À Pretinha, minha moto. Me levou e trouxe sem apresentar nenhum problema. Bem, apenas o bujão do carter e a buzina que parou de funcionar... Mas foi guerreira! Mesmo à 4800 metros de altura não negou fogo!

Durante a semana ainda vou postar algumas dicas para motociclistas que desejam fazer viagens similares e alguns vídeos que vou editar.
Bem... Pra quem comprou a primeira moto à 7 meses, até que este foi um bom começo! Estou certo que esta viagem ainda vai dar muito o que falar... Até que venha a próxima: Ushuaia 2015. To precisando de parceria!  :-)

Segue algumas fotos do último dia da aventura:






Chegada




sexta-feira, 20 de abril de 2012

De San Francisco (Córdova) a Santana do Livramento (RS) - 810 km


20/04/2012

Acordamos cedo, ainda na província de Córdova. Teríamos dois estados argentinos e uma parte do Uruguai para atravessar. Logo cedo, percebemos algo terrível: A máquina fotográfica do Tiago (meu sobrinho), uma Nikon P100 não estava no quarto... Provavelmente havíamos esquecido no restaurante do hotel na noite anterior. Logo desci, perguntei pela máquina pra todos no hotel, no restaurante... nada! Agora mesmo teríamos que chegar em Rivera pra comprar outra câmera.
Saímos de San Francisco em torno de 8h30min. Até Santa Fé, a rota 19 é Show de bola. Entre Santa Fé e Paraná, há um túnel famoso que atravessa o Rio Paraná. Eu realmente queria ter a máquina pra tirar umas fotos no túnel, mas, ele não tem nada de especial... A gente nem vê nada, é só mais um túnel comprido como tantos outros que passamos. Se eu não soubesse, nem perceberia que estava sob o rio.
Seguimos em direção à Concórdia pela rota 18. Não tem acostamento, está em obra de duplicação, mas não há do que reclamar. Almoçamos um sanduíche num posto de gasolina em Concórdia, antes de atravessar a represa da usina binacional de Salto Grande. Os trâmites aduaneiros, ainda do lado argentino, são rápidos. Do outro lado da barragem é Salto, cidade Uruguaiana. Trocamos uns trocados de pesos argentinos por pesos uruguaios e partimos pra Tacuarembó, pela rota 31. O frentista de um posto de combustível reforçou o alerta do Carlão, dizendo pra evitar a Rota 33.
A 31 não é ruim, mas é estranha. Não há buracos grandes (famosas panelas), mas há vários pequenos remendos num asfalto rugoso e sem acostamento. A moto vibra bastante e, numa custom, a gente é castigado. As pontes são para apenas um carro. Ainda assim conseguimos rodar na casa dos 120 km/h. Os últimos 100 km são de muita curva... Numa delas, o nelo sumiu do meu retrovisor... Diminui a velocidade... Então vi pelo retrovisor ele saindo do meio do mato... Dei uma boa risada. O cara saiu na curva, entrou no mato e voltou pra pista sem descer da moto...
Rodamos 260 km de Concórdia (AR) até Tacuarembó... Minha moto chegou no posto só com o cheiro da gasolina (uffa). Depois, até Santana do Livramento, pela rota 5 (perfeita), algumas vezes rodamos a 140 km/h enquanto o sol sumia no nosso lado esquerdo. Por fim, chegamos ao Brasil.
Encontrei um hotel bacaninha, com garagem e internet e, enquanto subíamos com as coisas sugeri ao Nelo ligar para o filho pra perguntar qual câmera ele gostaria que comprássemos, se o mesmo modelo ou outro... Chegando no quarto, pedi pra ele tirar tudo dos alforjes pra conferir tudo. Mesmo tendo certeza que a máquina não estava ali ele foi tirando as coisas, tirando e... A máquina apareceu! Que viadinho...
Beleza! Churrasco por conta do velhinho esquecido! E não é que pagou!?
Hoje não tem foto... Nem precisa dizer por que!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

De Mendoza a San Francisco (Córdova) - 770 km

19/04/2012

Saímos de Mendoza pela Ruta 7 num frio danado. Quando paramos pra abastecer em San Luis, fui forçado à pôr uma camiseta de manga comprida e o forro térmico da jaqueta. Até Villa Mercedes a Rota 7 é muito boa, por muitos quilômetros duplicada e de concreto.
Seguimos para o Nordeste em direção a Rio Cuarto e Villa Maria. Aí a rota 158 não é duplicada e há várias máquinas agrícolas na pista. A última parte da viagem, Villa Maria a San Francisco, O asfalto é bem danificado, mas nada a anormal para os padrões do Brasil. A tarde o sol saiu e esquentou tudo... Hora de parar e tirar um pouco de roupa!
Em San Francisco encontramos o Hotel Libertador, na rua central da cidade. O restaurante do hotel serviu o melhor Lomo que a gente já comeu na viagem. Comemos muito bem.
Amanhã pretendemos rodar algo perto de 700 km, até Santana do Livramento/RS. Com as dicas do Carlão, optados por entrar no Uruguai por Concórdia, na ponte Salto Grande. No Uruguai, pretendemos rodar nas rotas 31 e 5. Pelo menos não ouvi falar nada de ruim desta rota.
Hoje não vou por fotos... To morto de cansado, temos fotos só de postos de gasolina... O dia foi  só pra pilotar e matar insetos... Desde El Chaco não tínhamos atropelado tantos insetos.
Um abraço a todos.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Day Off - Mendoza

18/04/2012

A noite foi boa, apesar do barulho do trânsito a noite toda, pois estamos num quarto de frente pra rua. A primeira tarefa do dia foi trocar o óleo das motos para o retorno ao Brasil. Depois de rodar um pouco, encontramos uma MOTOMECÂNICA na Av. Gral. San Martin, 558. O guri da oficina trocou óleo e filtro por 30 pesos para cada moto.
Feito o serviço, fomos para a cidade de MAIPU, onde se concentram muitas vinícolas e olivícolas. Resolvemos visitar a Bodega Lopes, na Calle Ozamis, 375. A visita guiada é gratuita e dura pouco mais de 1 hora. Dá pra conhecer todo o processo de fabricação, terminando numa degustação. Há restaurante na vinícola, mas os preços são salgados pra caramba.
Almoçamos um prato argentino (batata e carne) num dos tantos restaurantes de Mendoza e fomos conhecer o Parque San Martin. O parque é quase do tamanho da cidade. Aqui também tem Morro da Glória. Já que a gente não foi pra Glória com o terremoto de ontem, resolvemos ir hoje ao Cerro de La Gloria.
O início da noite eu usei pra andar na cidade e tomar um café com alfajor no Havanna.
Mendoza é uma cidade arborizada, com quadras bem definidas, fácil de dirigir, apesar da quantidade de semáforos. Há turista de todas as partes do mundo em todo lado. O comércio está centralizado na Av. Las Heras e San Martin. Os cafés e restaurantes estão por toda a cidade, mas principalmente no Paseo Sarmiento. Em todo lugar você se torna um fumante passivo inveterado... Essa turma devia ter o nariz com os buracos pra cima, como chaminé...
Amanhã partimos na direção leste. Segue algumas fotos do dia.





Hora de apertar a corrente!








terça-feira, 17 de abril de 2012

De Santiago do Chile a Mendoza da Argentina - 365 km

17/04/2012

Era quase 1h da madrugada quando fomos acordados com um tremor. O Nelo pensou que era coisa do metrô. Quando acordei assustado e falei “Caramba, terremoto”, é que caiu a fixa. O tremor durou cerca de 1,5 minutos. Isso é tempo pra caramba... Durante o abalo sísmico, ouve-se um barulhão do caramba, já que a cidade toda, tudo, treme. Estávamos no oitavo andar de um prédio de uns quinze andares, no meio da madrugada, com um som estranho e tudo tremendo. Confesso que minhas pernas continuaram tremendo por grande parte da noite. Lembro que pensei foi “Senhor, não gostaria que minha filha, tão pequena, vivesse esperando o papai voltar da viagem”.
Gente, a sensação muito estranha. Impotência total. Não há nada que fazer. Quando cessou o tremor, estávamos no corredor do hotel, com muita gente de pijama. Liguei a TV que noticiava ao vivo o terremoto, que teve como epicentro a região de Valparaízo, onde houve evacuação por risco de tsunami,. O abalo teve intensidade de 6,7 graus na escala... Sei lá como escrever... Escala de terremotos (http://www.noticiasbr.com.br/autoridades-chilenas-registram-pelo-menos-uma-morte-em-terremoto-51689.html)! O pior foi dormir depois... A conversarada no hotel foi geral... Graças a Deus não sofremos nada.
A viagem através da cordilheira andina é show de bola. O dia estava ensolarado, perfeito pra viajar de moto. O GPS, mais uma vez, foi indispensável para sairmos de Santiago. Até Los Andes, passa-se por várias vinhas... As estradas são boa e sem muitas curvas, com dois pedágios. Em Los Andes a gente começa a subir, com muitas curvas. A vegetação vai diminuindo e quando a gente vê, está em meio às montanhas dos Andes. Os Caracoles, são um destaque a parte, antes de se chegar à estação de esqui e ao famoso hotel de Portillo. Depois, pode-se contemplar o Aconcágua, à esquerda da rota, com seu pico nevado.
Todos os trâmites aduaneiros são feitos dentro de um galpão gigante. É bem estranho, ver os chilenos e argentinos, trabalhando lado a lado, num lugar fechado com um monte de carros ligados. Precisamos de cerca de 1h na fila... Encontramos novamente o casal paranaense num MotorHome que tínhamos visto em Antofagasta. Estavam com um outro casal num traller. Conhecemos também um cara de Pato Branco que com uma Xterra, tinha subido os vulcões Ozorno e Villa Rica.
Durante toda a travessia passa-se por vários túneis. Passado 1 km da duana argentina, pode-se visitar a Ponte de Los Incas, um lugar bem interessante.
Chegamos em Mendoza no final da tarde. O Petit Hotel, na rua Peru, é bem simples, mas tem garagem e internet no saguão (infelizmente não há no quarto). O elevador é pequeno estranho e o sabonete não faz espuma... Ok, ta bom!
Saímos pra comer e olhar as coisas em Mendoza. A cidade é grande, com muitas lojas de departamento com coisas de marca (caro pra caramba). Comemos uma boa pizza e passeamos numas praças com chafarizes de vinho...
Amanhã pretendemos trocar o óleo das motos e visitar uma vinícola.
Seguem algumas fotos do dia.
Antes de subir Los Caracoles

Portillo

 Aduana Chilena


Aduana Argentina... Fila

Ponte de Los Incas

 Mendoza




segunda-feira, 16 de abril de 2012

Day Off - Santiago do Chile

16/04/2012

Ótimo dia pra andar em Santiago. Depois do café, enquanto visitávamos a Plaza de La Moneda, tivemos a sorte de ver a troca da guarda do palácio. Muito legal o serimonial militar. Outra sorte que tivemos foi encontrar um casal de brasileiros que tínhamos conhecido em San Pedro de Atacama. Tivemos mais bons momentos de conversa com eles.
No Hotel onde estamos, chegou um ônibus de brasileiros... De Florianópolis! Taix tolo oh!
Pra começar a caminhada, passamos pela Biblioteca Nacional, Cerro Santa Lucia e, subimos os Cerro San Cristobal a pé... Uma caminhada e tanto.
Já a tarde, como refeição descente, fomos ao Mercado Central e comemos Congrio e Salmão... Delícia!
Depois disso foi só andança na cidade... Visita às lojas... Olhada no preço das coisas (meio carinhas, como no Brasil)... Agora, dói as pernas!
Vamos preparar as coisas pra partir pra próxima amanhã!
(Carlão, obrigado pela dica... Vamos pensar numa alternativa para cruzar o Uruguai).
La Moneda
 Troca da guarda

 Fazenda e a Namorada (casal gente boa)

Cerro Santa Lúcia




Dessa ponte eu obrigado a postar!
 Cerro San Cristobal



Mercado Central, com o dono do restaurante
 Plaza de Armas



domingo, 15 de abril de 2012

De Vallenar a Santiago do Chile - 654 km

15/04/2012

Saímos de Vallenar debaixo de uma neblina que não dava de ver 20 metros à frente. Pra ajudar, o Nelo perdeu o óculos... Imagina só, sem óculos, velhinho e com neblina! Mas o problema durou pouco... Foi só sair na Rota 5 que o dia clareou. Rodamos uns 100 km pra entrar numa outra nuvem. Eu nunca vi daquilo. Foram mais de 50 km, até La Serena, dentro de uma nuvem gelada. Será que La Serena tem algo relacionado com sereno, aquele que deixa as coisas molhadas de noite? Tive que parar para por mais uma blusa e pegar o cachecol. Estava mais frio que no Passo de Jama.
Num posto em Copiapó, encontramos uns motociclistas que estavam voltando pra Santiago, depois de um encontro de Harley Davidson que rolou em La Serena. Passamos por vários na Estrada!
A estrada até Santiago é das melhores... Bem sinalizada, com curvas abertas... Andamos sempre à 120 km/h. Mas de Antofagasta até Santiago paga-se, no total, CL$ 6100 (cerca de R$ 25) por moto. A paisagem muda mesmo somente nos últimos 150 km antes de chegar na Capital, quando a vegetação começa a aparecer. A Rota 5 nos leva à umas praias que parecem ser bem legais (com águas frias e agitadas).
Ao chegar em Santiago, o Nelo ficou cuidando das motos com as bagagens e eu fui procurar hotel caminhando. Um calor de rachar, e eu de calça com forro térmico... Hotéis baratos não têm garagem. Garagem e estacionamento não aceitam motos... Resultado, tivemos que ficar num hotel caro (pra gente, é claro) mesmo. Estamos no Hotel Diego de Almaro (http://www.dahoteles.com). Por fim, saímos pra ter a refeição descente do dia... Acabamos indo no Burger King... Não foi descente, eu sei, mas hoje é domingo e está tudo fechado!
Vai um beijo especial para a minha esposa. Hoje completamos 6 anos de casamento. Paula, obrigado por ser meu tudo... Se hoje estou vivendo esta aventura, devo a você. Sou feliz em ter construído com você a minha família, baseada no amor e na confiança, centrada em Jesus e sua infinita graça. Te amo! Gezi 

Parque eólico na Rota 5



Almoço





Harleyros

La Moneda - Santiago

sábado, 14 de abril de 2012

De Antofagasta a Vallenar - 736 km

14/04/2012

Deserto! Por muitos quilômetros andamos sem ver nenhum matinho. Saímos de Antofagasta às 8h30min, depois de um café “prato feito” no hotel. Ainda na cidade, encontramos um motorhome com um casal de Curitiba que também estava viajando para o sul. Depois de 70 km de estrada (Ruta 5) chegamos ao maior símbolo dos motociclistas que viajam ao Atacama: La Mano Del Desierto. É um monumento construído pelo escultor chileno Mario Irarrázabal e inaugurada em 14/04/1992... Hey, viram isso... Hoje a mão do deserto faz 20 anos.
Encontramos uma equipe de voluntários (http://www.corporacionproa.cl/) que iriam começar uma limpeza na mão, para as comemorações dos 20 anos. Estavam, inclusive, esperando o Mário (o cara que a construiu). O pessoal da limpeza foi muito legal... Trocamos uns recuerdos, tiramos umas fotos... Eles ficaram empolgados em tirar fotos com as motos.
Um dos percursos mais críticos, por conta de falta de posto de gasolina, é ao sul de Antofagasta. Mas não tivemos problemas. 240 km e há um pequeno posto com um cara sentado numa cadeira encostado na bomba de nafta. Ao lado esquerdo, a gente pode ver picos nevados muito bonitos.
A chegada na cidade de Chañaral é bem bacana, pois se desce novamente ao nível do mar. A gente parou para dar uma olhada na costa, com pelicanos e lobos marinhos... Show de bola. O mar é agitado e tem locais com ondas grandes.
Resolvi entrar 7 km para conhecer o balneário Bahia Inglesa, em Caldera. Na chegada, tive uma conversa divertida com uns locais que me ofereceram uns pedaços de carne de caranguejo... E uns baita duns caranguejos. Claro que não perdi de experimentar... Tinha um restaurante que servia vieiras... Eu tava louco pra provar, mas o Nelo começou a fungar, com nojo e vontade de continuar a viagem... Deixei a Vieira e segui o Pereira.
É necessário, pra quem vem de moto, passar em Copiapó para abastecer. Há uma espécie de bypass para não passar dentro da cidade, mas não há posto de nafta nessa rota.
Estamos hospedados no Hostal L&M, em Vallenar, uma cidadezinha sem graça, capital da província de Huasco. Paramos aqui porque estava para anoitecer. Fez sol durante todo o dia. Viajei agradavelmente com uma segunda pele e a jaqueta, sem forração térmica.
Um abraço especial para Abreu, Carlão e Sandro, amigos motociclistas da Eletrosul que entendem a nossa satisfação e alegria, de ter o privilégio de estar junto à Mano del Desierto!